PR9 VCT – Trilho dos Canos de Água (incompleto) (Viana do Castelo)
O “PR9 VCT – Trilho dos Canos de Água” é um percurso pedestre circular com cerca de 10kms no seu traçado completo que começa junto à Basílica de Santa Luzia (ou Basílica do Sagrado Coração de Jesus), em Viana do Castelo. Para lá chegar podemos apanhar o funicular desde o centro da cidade ou se preferirmos, subir a pé os 659 degraus do escadório paralelo ao ascensor ou ainda percorrer de carro a estrada que serpenteia o Monte de Santa Luzia até ao seu cume, onde encontramos esta magnifica edificação.
Defronte ao templo, junto ao muro que ladeia a estrada e onde se vislumbram as melhores paisagens de Viana do Castelo e da foz do Rio Lima, encontro o painel com as informações do percurso. Com um baixo grau de dificuldade, o percurso desenvolve-se pela Serra de Santa Luzia, descendo aos Arcos do Fincão, continuando pelos canos de água e subindo até à povoação de S. Mamede e no regresso, apreciando as magníficas vistas panorâmicas.
Iniciei a caminhada para Norte, seguindo a estrada que circunda a basílica. Na bifurcação junto à Pousada, segui a direcção “Cano de Água – Fincão” e imediatamente após as ruínas de uma habitação começo a descida de um caminho florestal, onde uma vegetação frondosa folga a espaços para me mostrar as paisagens oceânicas do litoral norte do concelho. Chego aos Arcos do Fincão, dois imponentes arcos de pedra paralelos que fazem parte de um complexo sistema de abastecimento de água da cidade e que sustentam ainda hoje canos de água, com origem em várias minas da serra.
Chego aos Arcos do Fincão, dois imponentes arcos de pedra paralelos que fazem parte de um complexo sistema de abastecimento de água da cidade.
Por entre os arcos avancei um pouco mais para Norte, caminhando pela estrutura granítica do cano, num trilho estreito e cerrado. Mais adiante encontro um novo arco e desço à sua base para o subir logo depois, num aglomerado desorganizado de rochas. Continuo na densa floresta até uma nova estrutura em pedra, uma “casinha de água” no desvio para uma mina. Esta ficava apenas a 250m mas optei por seguir em frente, pois o trilho que me levaria à mina de água não estava bem definido e pareceu-me faltar alguma limpeza e manutenção.
A cerca de 150m deste local, encontro no caminho uma égua e a sua cria. Dois garranos lindos que vagueavam pela floresta e me pareceram algo desconfiados e assustados ao ver-nos. Quando estão com crias podem tornar-se ainda mais protectores e agressivos. Nesta secção do percurso, a densa vegetação impede a saída do trilho para contornar um eventual “obstáculo” como este. Tendo isto em consideração e no facto de a minha filha, que me acompanhava no marsúpio, estar a ficar um pouco saturada, ela que até adora acompanhar-nos nas caminhadas, não foi necessário ponderar muito para optar pela segurança e bem estar da filhota.
Assim sendo, fiz inversão de marcha e virei à esquerda, subindo um caminho florestal até encontrar a estrada que me levaria de regresso à basílica. Com este atalho não visitei o lugar de São Mamede que ficará para uma próxima oportunidade.
A cerca de 500m deixo novamente o asfalto para seguir à direita no trilho assinalado até à torre do depósito de água. Regresso à estrada e fiz um pequeno desvio para contornar a “citânia de Santa Luzia”, as ruinas da Cidade Velha, e visitar a Pousada.
Regresso ao parque adjacente à basílica, aproveitando para me despedir das paisagens fascinantes sobre a cidade e a foz do rio Lima que me são oferecidas nestes últimos metros do percurso pedestre.
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