PR3 – Vale do Póio (Ribeira de Pena)

Este percurso começa em Cerva e prolonga-se como o seu próprio nome indica, pelo vale do rio Póio, percorrendo trilhos agrícolas, de terra batida e caminhos de floresta nos contrafortes da Serra do Alvão.
Com pouco mais de 11 kms, é um percurso circular que faz parte da rede de percurso pedestres do concelho de Ribeira de Pena.
Iniciei a caminhada junto à “Casa da Torre – Espaço de Cultura” e segui em direcção à Zona de Lazer das Meadas. Depois da pequena ponte à saída de Cerva, sigo para Quintela.
Continuei agora para Escoureda onde logo à entrada da povoação, virei à esquerda, descendo a calçada de pedra até encontrar um humilde curso de água. Parei para umas fotografias nas pequenas quedas de águas que se formavam debaixo da ponte.
Continuei até à bifurcação da variante deste percurso que me levaria a visitar a Ponte Românica do Rio Póio e a aldeia de Alvite. Optei por fazer o percurso mais longo e assim continuei em frente até à aldeia preservada de Cabriz. Os rebanhos e o gado autóctone olhavam curiosos à minha passagem. Por pouco não fui atropelado por uma manada de bois que desciam freneticamente a rua principal da aldeia, guiados com mestria por uma vara, nas mãos de uma habitante local que vocalizava as ordens certas para os encaminhar ao pasto abundante.
Era época de vindimas e na aldeia, o cheiro a uvas esmagadas perfumava as ruas de pedra. Nas vinhas, a azáfama de um dia de trabalho e convívio, contrastava com o silêncio habitual destas paragens.
Deixei a aldeia para trás e iniciei a subida para chegar à EN 312. Atravessei-a e continuei a subir, estando dali a pouco, no ponto de maior altitude desta caminhada.
Ao logo de todo o percurso vou encontrando placas informativas com a descrição de várias espécies da fauna que povoa aquele habitat.
Fazia agora a segunda parte do trilho, regressando a Cerva e acompanhando sempre do alto a paisagem do vale, um magnífico anfiteatro natural.
Já a poucas centenas de metros do final do percurso, caiu uma chuva diluviana que me encharcou da cabeça aos pés. Foi motivo mais do que suficiente para regressar ao conforto do quarto e tomar um banho revigorante.