PR1 VVC – Descoberta da Estrada Real (Vila Viçosa)

Esta aventura na terra de Florbela Espanca começou bem cedo, com os primeiros raios de sol. Estamos ainda em pleno Verão e caminhar com temperaturas tão elevadas como as que se tinham verificado nos últimos dias no Alentejo não seria de todo aconselhado, especialmente com crianças. Assim, foi ainda no lusco-fusco que saí do hotel, deixando a família a descansar mais um pouco, para caminhar pela fresca na descoberta da “Estrada Real” de Vila Viçosa.
Uma região onde o mármore molda a beleza patrimonial e a paisagem urbana se funde com um território rural de olivais e montados de sobro, em terrenos de rica pastagem delimitados por linhas de água.
Conhecida como a “Princesa do Alentejo”, o seu nome deve-se à fertilidade dos solos e à beleza do seu território, sendo também esta vila-museu considerada umas das mais preciosas pérolas do Alentejo. Por aqui a história é também fértil e, mais do que passado, presente em cada recanto, no património e nas suas gentes. Esta é uma região onde o mármore molda a beleza patrimonial e a paisagem urbana se funde com um território rural de olivais e montados de sobro, em terrenos de rica pastagem delimitados por linhas de água.
Este percurso circular com mais de 8km de extensão inicia-se no Mercado Municipal onde podemos encontrar o painel que o assinala. Dirijo-me pela rua Dr. António José de Almeida em direção à Praça da Republica. De um lado a Igreja de São João Evangelista, um imponente templo barroco, e do outro o Castelo para o qual me dirigi. Neste início mais urbano, não encontrei muitas marcas do percurso assinalado pelo que me socorri do GPS para indicar o caminho certo.
Algumas dezenas de metros adiante encontro o busto da poetisa Florbela Espanca, uma filha da terra, autora de magníficas obras de arte da nossa literatura e precursora do movimento feminista em Portugal. Ao lado, ergue-se o cine-teatro com o nome da poetisa que infelizmente está encerrado há alguns anos, aguardando o fim das obras de reabilitação.

Pela esquerda sigo até ao pelourinho e aí, pela direita, contorno o castelo pelo caminho ao longo dos seus fossos. Classificado como Monumento Nacional, o castelo foi mandado erguer em 1297 por D. Dinis, para residência real e usufrutos dos campos de caça ao redor da vila.
Os primeiros raios de sol escondidos atrás das nuvens pintam já o céu de tons alaranjados. Ao chegar à Rua dos Capuchos segui pela esquerda em direcção à Praça de Touros e ao Convento dos Capuchos. Aqui assumem também destaque o cruzeiro e o coreto num grande descampado em frente ao convento.

Seguindo pelo Caminho do Paraíso, sempre em asfalto, entre terrenos de cultivo e antigos olivais encontro mais adiante o muro da Tapada Real, a imensa propriedade da Fundação Casa de Bragança. Com uma área superior a 1500ha, chegou a ser o maior espaço amuralhado do país para efeitos recreativos cinegéticos. Infelizmente não consegui avistar nenhum veado ou gamo que por aqui se alimentam, apenas um rebanho de ovelhas que aproveitava a luz matinal para se banquetear com o pasto viçoso que crescia na beira do caminho. Passei por elas sem tentar incomodar muito.
Numa bifurcação mais adiante não encontrei as marcas do PR1 VVC pelo que o GPS foi novamente uma grande ajuda para me manter no caminho certo.

Cheguei à Fonte do Vale da Rabaça e estava já perto da Estrada Municipal que me levaria de regresso ao centro da vila e ao Mercado Municipal.

Pontos de Interesse:
Vila Viçosa, Igreja de São João Evangelista, Castelo e Convento dos Capuchos.
Dicas:
- Não deite lixo para o chão.
- Há imensos restaurantes e cafés na vila onde pode reforçar as energias.
Fontes:

3/5marcação

3/5dificuldade

Não acessívela carrinho de bebé

3/5paisagem

261melevação mínima

469melevação máxima

234msubida acumulada

274mdescida acumulada

8,7kmcircular
–

3h:00m

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