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Percurso Pedestre Urbano em Dublin (Irlanda)Esta viagem à Irlanda, mais propriamente à sua capital Dublin, começou a ganhar forma na sequência de um desafio proposto por amigos. Revê-los e conhecer o país de Oscar Wilde, James Joyce, Samuel Beckett, entre outros, e de bandas como os U2, Pogues ou Cranberries foram razões mais do que suficientes para voar para a Ilha Esmeralda, assim conhecida pelas suas verdes paisagens. Mas, no entanto, foi no ambiente mais urbano de Dublin que iniciei a descoberta do vasto património irlandês.
Cheguei à cidade no metropolitano de superfície “LUAS”. A última estação fica mesmo junto ao parque “St. Stephen’s Green”, um oásis verde no coração de Dublin. Este era o melhor sitio para iniciar a caminhada. Percorri os trilhos do parque, observando a grande diversidade de avifauna e flora. Esquilos corriam literalmente aos meus pés, procurando algumas migalhas deixadas por algum visitante.
Observei com atenção as esculturas e monumentos que relatam parte da história da República da Irlanda. No centro do parque, o lago concentra as maiores atenções de quem o visita. Ao seu redor, contempla-se a tranquilidade das suas águas em discretos bancos de jardim.
Sigo para uma das principais artérias da cidade, a “Grafton Street“, uma rua pedonal que reúne uma infinidade de comércio, restauração e serviços, bancadas de floristas que a embelezam ainda mais, músicos e outros artistas de rua que a animam. É sem dúvida um dos locais obrigatórios a visitar em Dublin. Entro num pequeno café para saborear a famosa tarte de maçã que acompanhei com café. Diferente da típica “bica” portuguesa, não deixou de me confortar naquela manhã fria, com temperaturas a rondar os 5ºC.
Numa rua perpendicular vejo ao fundo a “St. Ann’s Church”, um bonito templo anglicano. Regresso à rua principal para continuar caminho em direcção ao “Trinity College“, a Universidade de Dublin. Entro no Campus pela pequena porta em arco na fachada oeste, datada de 1751. A Universidade foi fundada muito antes, em 1592. Percorro o enorme pátio interior da Universidade onde se situam os principais edifícios, nomeadamente a Velha Biblioteca com o famoso “Book of Kells“, o manuscrito feito por monges celtas por volta de 800 AD e que contém os quatro Evangelhos do Novo Testamento escritos em latim.
Regresso ao rebuliço da “Dubline” (a avenida principal que atravessa a cidade) e pela “Dame Street” chego ao Castelo de Dublin, o cerne da história da cidade.
Mais adiante a imponente “Christ Church Cathedral” (Catedral da Santíssima Trindade) é uns dos ícones de Dublin. Foi erguida por volta do ano 1030 e a sua origem medieval ainda hoje fascina quem por ela passa. Perto encontro o “Leo Burdock – Traditional Fish & Chips“, um espaço com pouco mais do que 10m2, que desde 1913 serve o típico “fish & chips”. Era a refeição ideal para comer no jardim da “St. Patricks Cathedral” (Catedral de São Patrício) um pouco mais adiante.

A Catedral transportava-me para um cenário cinematográfico, um filme medieval onde ela seria com certeza a protagonista.

Assim o fiz. Mesmo com o dia frio e nublado, foi com imenso prazer que me sentei num dos bancos de jardim e saboreei lentamente este simbólico petisco. A Catedral (ver fotografia acima) nas minhas costas transportava-me para um cenário cinematográfico, um filme medieval onde ela seria com certeza a protagonista.
Depois de uma breve pausa após almoço, continuo a caminhada agora em direcção ao Rio Liffey, que nasce nas montanhas do condado de Wicklow e após percorrer 125kms, desagua no mar da Irlanda. Acompanho a sua margem direita e na ponte “Grattan” sigo para a outra margem para no passadiço em madeira sob as águas (Liffey Boardwalk) continuar a caminhada para nascente. Atravesso a ponte pedonal junto ao “Merchants Arch” e cheguei ao “Temple Bar”, o bairro cultural de Dublin, com uma animada vida nocturna e que se prolonga também pelas restantes horas do dia. Preservando as suas características medievais, com ruas estreitas e empedradas, é um local peculiar com pubs e hotéis muito característicos.
Regresso novamente à zona comercial da “Grafton Street” e termino, junto à estação do “LUAS”, o percurso urbano com cerca de 9kms e com um baixo grau de dificuldade.

FICHA TÉCNICA
8,7 kmscircular
ALTIMETRIA
Altimetria
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