Percurso Pedestre no Centro Histórico de Guimarães (Guimarães)
O Centro Histórico de Guimarães, classificado em 2001 como Património Mundial, é um dos mais bonitos e bem preservados de Portugal. Neste percurso pedestre, com pouco mais de 7kms, queria descobrir o que convenceu a UNESCO a atribuir tão prestigiada distinção a esta cidade e conhecer também um pouco da nossa história, da nossa identidade e da alma desta cidade berço.
Comecei esta caminhada no Parque das Quintãs em direcção ao Castelo de Guimarães. A guardar o castelo, D. Afonso Henriques mantém-se firme de espada em punho e escudo aos seus pés, recebendo os milhares de visitantes que todos os anos percorrem as muralhas imaginando a vida noutros tempos.
Queria conhecer também um pouco da nossa história, da nossa identidade e da alma desta cidade berço.
A poucos metros, o Paço dos Duques de Bragança, mandado construir por D. Afonso, primeiro Duque da Casa de Bragança, aquando do seu segundo casamento com D. Constança de Noronha, integra hoje diferentes vertentes e espaços culturais.
Percorro o trilho em terra batida que serpenteia no jardim bem cuidado e me leva até à entrada principal do castelo. Caminho no átrio e espaços interiores, subo às muralhas e pelas ameias observo as paisagens do Baixo Minho.
Regresso ao exterior e pela Rua de Santa Maria desço à baixa da cidade. Logo depois do Largo Cónego José Maria Gomes, onde no Convento de Santa Clara está instalada hoje a Câmara Municipal de Guimarães, chego à maravilhosa Praça de Santiago. Aqui as “casinhas” engavetadas umas nas outras, com pequenas varandas e alpendres floridos, tornam este património urbano muito peculiar. Apetece morar ali e sentir o pulsar da cidade.
Pelos arcos dos antigos Paços do Concelho, onde sita hoje o Museu de Arte Primitiva Moderna, descubro o Largo da Oliveira, que rivaliza em beleza com a Praça de Santiago. Nele encontro a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira assente em fundações de um antigo mosteiro do séc. IX e o Padrão do Salado, um incrível e bem estimado alpendre gótico do reinado de D. Afonso IV que celebra a Batalha do Salado (no ano de 1340).
Sigo na Rua Dr. Avelino Germano até ao Largo Condessa do Juncal e regresso à Praça de Santiago para usufruir de uns momentos de prazer numa das esplanadas soalheiras.
Encaminho-me para o Largo do Toural onde sita a Igreja de S. Pedro e mais adiante deparo-me com a famosa muralha “Aqui nasceu Portugal”.
Na Alameda de São Dâmaso aproveito as sombras do Jardim Público enquanto observo algumas instalações de arte dispersas no passeio.
Continuo a caminhada e chego ao Largo da República do Brasil. Ao fundo, a imponente Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, classificada como Imóvel de Interesse Público, é um óptimo exemplar de arquitectura barroca na cidade. As suas origens remontam a uma ermida erguida em 1576, dedicada a Nossa Senhora da Consolação.
Continuo um pouco mais para nascente até ao Teleférico da Penha que facilita a deslocação de muitos turistas e peregrinos ao Santuário da Penha. Regresso à Praça de Santiago e ao Largo da Oliveira para “ir ficando” até ao cair da noite, entre uns petiscos e uma boa conversa.
Era já noite cerrada quando regressei ao ponto de partida do percurso, terminando assim esta caminhada no Centro Histórico de Guimarães.
–

(inscreve-te já na newsletter para receberes os próximos percursos por email)
Deixar um comentário