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Percurso Pedestre - Do Luso à Cruz Alta (Mealhada)Acordámos ansiosos pelo que o dia nos reservava e cerca das 10h já aguardávamos junto ao local combinado. A chegar estavam os colegas do grupo “Toca A Caminhar“, organizadores do percurso de hoje.

Os automóveis começaram a chegar pouco tempo depois ao topo da Avenida Emídio Navarro, logo depois da Fonte de S. João.
Apresentações feitas, dirigimo-nos ao café mais próximo para aquecermos os corpos com um bom café matinal, enquanto os restantes caminhantes não chegavam.

O dia amanhecera ameaçador, para além do frio que pairava no ar, as nuvens negras ameaçavam rebentar a qualquer momento, povoando o céu com uma gama diversificada de tons acinzentados.
Enquanto o café descia e nos aquecia por dentro, lá fora o diluvio começou. Fomos brindados com uma queda de água assustadora que colocou algumas (mas poucas) dúvidas à realização do percurso.

Passado o susto e já vestidos com o equipamento a rigor (alguns elementos levaram agasalhos e protectores para a chuva na eventualidade de surgir alguns “pingos”ocasionais), metemos pernas ao caminho iniciando a subida da escadaria no topo da Avenida Emídio Navarro que nos levou à “Porta de S. João”, uma das muitas portas de entrada na mata do Buçaco.
O percurso foi baseado nos diferentes mapas presentes aqui mas não seguimos propriamente um específico.
Subimos pela mata até ao Cruzeiro onde invertemos a marcha e descemos ao Vale dos Fetos, local paradisíaco, imaculado.
Iniciámos a subida até à Cruz Alta, passando por algumas capelas e ermidas pertencentes ao Sacromonte, instalado no Buçaco em duas fases, a primeira na década de 1640 e a segunda na de 1690, pelo bispo-conde de Coimbra D. João de Mello.
O Sacromonte é constituído por uma Via Sacra de 20 Passos, que se dividem entre os passos da prisão de Cristo (no Orto de Getsemanis e a Sua condenação no Pretório de Pilatos) e os passos da Paixão (entre o Pretório e o Calvário).
Nos passos da Paixão de Cristo podemos observar no interior das capelas magníficas esculturas em terracota, descritivas dos respectivos passos. As esculturas originais foram destruídas ao longo do séc. XIX, restando apenas duas cabeças em exposição no Museu Machado Castro em Coimbra. As figuras actuais foram realizadas pelo ceramista Costa Motta nos finais da década de 30 do séc. XX.

Voltando ao percurso propriamente dito, chegámos à Cruz Alta onde fizemos uma pausa para restabelecer energias tendo por aperitivo as estonteantes vistas sobre a área envolvente.
A descida fez-se com passagem pelo magnífico Palace Hotel do Buçaco com os seus deslumbrantes jardins.

Independentemente do trilho escolhido é sem dúvida um local de excepção que não deverá deixar de receber a vossa visita. No Posto de Turismo do Luso poderão ter acesso a mapas e a toda a informação necessária para planearem da melhor forma a vossa rota.

Vídeo Álbum Mapa GPS
Percurso Pedestre - Do Luso à Cruz Alta (Mealhada) Passeio Pedestre - Luso e Parque do Lago (Mealhada)
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Nota: O ficheiro GPS não está completo devido a problemas técnicos.

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