Passeio Fluvial no Batel de Sal (Figueira da Foz)
O Rio Mondego tem ao longo do seu curso variadíssimos motivos de interesse. Motivos esses mais do que suficientes para conhecer melhor o maior rio com nascente em Portugal, desde a imponente Estrela, até à radiante cidade da Figueira da Foz, onde as suas águas doces encontram as salgadas atlânticas.
Foi na foz do Mondego que descobri esta interessante rota fluvial.
O “Sal do Mondego”, batel com 20 metros de comprimento, descansava ainda na margem do cais de acostagem do Núcleo Museológico do Sal, nos Armazéns de Lavos. Enquanto se engalanava para o passeio, saboreei um revigorante café na pequena esplanada do Museu, com a salina municipal do “Corredor da Cobra” como pano de fundo. Este salina serve de base ao percurso pedestre “PR6/FF – Rota das Salinas“, já aqui descrito.
Os pequenos montes de sal que a salpicavam, temperavam aquela manhã de Agosto. Lá dentro, a história do lugar e da actividade salineira era contada detalhadamente, uma história que serviu de tempero a muitas vidas que pelas salinas do Baixo Mondego passaram.
À hora marcada partimos pelo esteiro dos Armazéns de Lavos em direcção à “boca do Rio Mondego”. A amiúde, carcaças de antigos batéis repousavam nas margens, lembrando a intensa actividade que poucos agora recordam.
Histórias de outras marés, outras luas e ventos eram adocicadas nas palavras do nosso mestre. Agora na reforma, conduzia com brio o batel pelas tranquilas águas fluviais.
Eis que chegámos ao Moinho de Maré ou Moinho das Doze Pedras. Este, como infelizmente tanto outro património pelo País fora, luta sozinho contra a ruína cada vez mais certa. Longe vão os dias onde nas suas mós era moída a farinha e descascado o arroz produzidos na Quinta do Canal, onde este repousa.
Regressámos ao cais. À nossa espera tínhamos um dos mais típicos e apetitosos petiscos do Baixo Mondego: enguias fritas. São servidos?
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