Após realizar ontem o “PR3 – Os Encantos de Alcoutim”, hoje decidi fazer o seu troço opcional, apanhando o barco no cais de Alcoutim e, após a travessia do rio, descobrir a povoação de Sanlúcar de Guadiana.
Ao chegar a terras andaluzas, mais propriamente da província de Huelva, iniciei de imediato a subida ao Castelo de San Marcos. É a partir do porto fluvial que o casario da pequena vila cresce e se expande para a colina. A proteger a população ergue-se ainda o castelo que, segundo algumas fontes históricas, terá sido fundado por portugueses e só mais tarde foi integrado no Reino de Castela, aquando da definição fronteiriça do Reino do Algarve.
No trilho denominado “Camiño de las Haciendas” estava uma temperatura elevada, acima da média para esta altura do ano, e o ar abafado que se sentia, tornou a ascensão mais lenta do que o esperado.
Sem possibilidade de protecção debaixo de uma qualquer sombra, as paragens eram feitas para apreciar a paisagem. No rio continuavam inúmeras embarcações que preenchiam este quadro de cores quentes.
O Castelo San Marcos está a sofrer diversas intervenções de restauro e conservação pelo que não pude entrar e conhecer o seu interior. Contentei-me com as vistas do cimo do monte sob o Guadiana e Alcoutim, que só por si já valeu a pena.
Iniciei o caminho de regresso para agora descobrir um pouco mais sobre a povoação, a Igreja de Nuestra Señora de las Flores e os seus moinhos.
Passei pela praia fluvial e descansei um pouco no pequeno porto de Sanlúcar, observando o movimento constante de transporte de pessoas entre os dois países. O olhar descansava enquanto o Guadiana corria ao seu ritmo próprio.
Subi aos dois moinhos que se encontravam também fechados ao público. Pela encosta sul contornei o monte e regressei ao centro da vila.
É agora altura de me deliciar com umas saborosas tapas de bacalhau com tomate, um queijo curado com pão caseiro e tudo acompanhado de uma caña fresquinha.
Com o estômago saciado, regresso a Alcoutim para uma tarde de banhos na praia fluvial.
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