Flor da Rosa (Crato)
Este post não é propriamente para descrever um percurso pedestre mas não podia de deixar de dedicar algumas palavras a Flor da Rosa e à sua Pousada.
Nem uma suave brisa se sentia naquela tarde de Verão. O calor arrasador sufocava e poucas eram as pessoas que arriscavam sair das suas casas frescas àquela hora…
Deixámos o carro numa das poucas sombras que encontrámos, junto às típicas habitações alentejanas, caiadas de branco e com frente para o largo principal da aldeia. Seguimos à descoberta da Pousada que se destacava das restantes edificações.
A freguesia de Flor da Rosa dista 2 km do Crato, sede de concelho. Segundo a lenda transcrita no livro de Santa Maria de Flor da Rosa:
“Havia em tempos muitos antigos um pequeno lugarejo, onde vivia um cavaleiro de nome ilustre, muito estimado por fidalgos e povo. Ora este cavaleiro adoeceu gravemente e soube-se que poucos dias lhe restavam. Como era muito estimado, iam-lhe levar presentes. Entre as pessoas que o visitavam, uma chamada Rosa levou-lhe uma flor do seu nome. Foi para o cavaleiro a melhor visita e a mais bela prenda, pois ROSA era sua noiva. Todas as pessoas esperaram a morte do cavaleiro, mas o destino é por vezes traiçoeiro e foi ROSA que morreu, tendo-se ele salvo.Desde esse dia, o cavaleiro era muitas vezes encontrado a chorar junto da campa da sua noiva. Então os desgostos matam-no. Mas nos últimos momentos da vida faz dois pedidos: Queria que a flor que ROSA lhe oferecera o acompanhasse à sepultura e que fosse dado àquele lugar o nome de FLOR DA ROSA em homenagem à sua amada”. In “Junta de Freguesia de Flor da Rosa“
Descrita como uma das melhores pousadas portuguesas, a Pousada de Flor da Rosa é constituída por um Castelo, um Convento (o antigo Convento-Sede do Prior do Crato que pertenceu à Ordem Religiosa-Militar de Malta) e o Paço Ducal, todos construídos em diferentes épocas.
Flor da Rosa é também um dos locais apontados como terra natal de D. Nuno Álvares Pereira, recentemente beatificado, cujo nascimento teria ocorrido no Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa. Ainda hoje a pousada possui o referido quarto com o seu nome. Aliás, conversámos com um habitante local que defendeu com afinco tal facto. O túmulo do seu pai D. Álvaro Gonçalves Pereira ainda hoje lá se pode visitar. Morreu em idade avançada na Amieira, onde foram feitas as exéquias, sendo depois o seu corpo trasladado para a Igreja de Flor da Rosa, que ele edificara.
Nota: Fotos de José Carlos Silva e Nuno Santos
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