Percursos pedestres em Portugal. Caminhadas por concelho, distrito e regiões autónomas. Trilhos nas Serras e Parque Naturais de Portugal. Reportagens em vídeo, fotografias, altimetria e ficheiros GPS para download.
De Vila Pouca de Aguiar a Pedras Salgadas pela Ecopista do Corgo (Vila Pouca de Aguiar)
O dia estava fresco ameaçando a queda de alguma chuva e possibilidade de trovoada. Nada que me fizesse alterar os planos e assim, bem cedo, estava já a percorrer os primeiros metros do troço da Ecopista da Linha do Corgo, que liga Vila Pouca de Aguiar a Pedras Salgadas.
Esta Ecopista foi construída na antiga Linha de Caminhos de Ferro do Corgo, após o seu encerramento definitivo em 2005. Em boa hora se fez este projecto, inaugurado a 16 de Agosto de 2008 e que hoje apresenta uma interessante dinâmica ao longo de todo o seu trajecto.
Para além de me ter cruzado com várias pessoas de diferentes classes etárias, fazendo o seu “jogging” ou caminhando, promovendo dessa forma uma vida mais saudável, constato também que nos terrenos anexos à Ecopista, actividades como a agricultura (maioritariamente de subsistência familiar) e a pecuária estão ainda bem presentes. Os pequenos lotes de terra são aproveitados para um complemento alimentar ou financeiro na ajuda à família, evitando o seu provável abandono.
Chego à aldeia de Nuzedo. O seu apeadeiro, agora abandonado, recorda vestígios de uma vida quase esquecida, que outrora fazia parte do quotidiano dos habitantes locais. Mesmo com a estrada nacional por perto, muitos optavam pelo comboio como meio de transporte preferencial para se deslocarem aos centros urbanos.
Continuo, a bom ritmo, para Sampaio e Vila Meã. É interessante perceber que, a Ecopista, ao atravessar estes aglomerados habitacionais, permitiu que algumas casas fossem construídas e outras recuperadas ao seu redor. Algumas mesmo têm agora terraços e quintais de fácil acesso ao caminho onde o comboio tantas vezes apitou. Esta acessibilidade era muito difícil ou mesmo impensável ocorrer nos tempos de actividade da Linha do Caminho de Ferro.
Chego a Pedras Salgadas junto à Escola Básica Integrada e deixo agora a Ecopista para conhecer a vila e o Parque Termal. A poucas dezenas de metros encontro a antiga Estação Ferroviária, onde algum pequeno comércio ainda subsiste. Na Av. da Estação os restaurantes preparam já os almoços, em mais um dia igual a tantos outros.
Sigo pela Av. Lopes de Oliveira em direcção ao Parque das Pedras Salgadas. Ao fundo, um discreto portão de ferro, pintado de verde, convida a entrar num lugar encantado.
Encontro um Parque bem cuidado, limpo, colorido e onde se respira tranquilidade. Ao fundo da alameda da entrada principal existem duas nascentes, a D. Fernando e a Maria Pia. Seguindo para norte, e logo depois do Spa Termal, temos as Nascentes do Penedo e a Grande Alcalina. Passo agora a charmosa Casa de Chá e encontro à direita o lago. Desço as escadas ao seu encontro para o imortalizar em algumas fotografias.
Continuo a caminhada e numa edificação de grande beleza surge a Nascente de Pedras Salgadas assim como a cerca de cinquenta metros desta, a Nascente Preciosa.
Apenas a Fonte de Pedras Salgadas está aberta durante o período de Verão ao público em geral.
Caminho agora no “Trilho do Esquilo”, um percurso pedestre assinalado dentro do Parque que me leva ao encontro do “Grande Hotel”. É impossível não reparar neste edifício, hoje devoluto, que nos lembra o cenário de um dramático filme de terror. É triste acabar assim.
Contrastando com esta imagem surge uma nova alameda e ao fundo o antigo Casino, erguido em 1910, hoje remodelado e assumindo as funções de Salão de Eventos.
Por entre a frondosa vegetação arbórea, espreitam timidamente as “tree houses” e as “eco houses” do parque, um projecto ambicioso da autoria do arquitecto Luís Rebelo de Andrade. A arquitectura inovadora destas habitações em contraponto com o espaço onde estão inseridas, originaram alguma controvérsia aquando da sua implementação.
Hoje é um facto que são mais um pólo de atracção turística na região e, situadas num parque de acesso público, são também motivo de grande curiosidade.
Regressei ao centro da vila onde, ao fim de quase dez quilómetros, terminei a caminhada.
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