De Punta Cana à Isla Catalina e Altos de Chavón (República Dominicana)
Os dias passavam devagar em Punta Cana. Na Praia Bávaro a rotina diária começava com um acordar bem cedo (o calor e o jetlag faziam-nos ter sonos de passarinho), depois uma corrida rápida antes do pequeno-almoço para logo a seguir “encher o bandulho”, aproveitando desde cedo o regime do “tudo incluído”. Prosseguíamos com uma ida até à praia, onde a invasão de algas teimava em não nos deixar aproveitar devidamente as águas translúcidas (que infelizmente não chegámos a ver na Praia Bávaro). Após o almoço impunha-se a merecida sesta e alguma leitura, para depois dar um salto até à piscina. O dia acabava com o jantar num restaurante temático ou no buffet principal para depois deitarmos o olho ao espectáculo nocturno preparado para os turistas.
Não sendo este o nosso tipo de férias prediletas, devo confessar que nos estávamos a adaptar bem à mudança.
Mas precisávamos de algo para quebrar a rotina e assim, a meio da semana, reservámos uma excursão de um dia inteiro para conhecer a paradisíaca Isla Catalina e os emblemáticos Altos de Chavón.
Na Isla Catalina conseguimos ver e sentir o cartão postal da República Dominicana e nos Altos de Chavón fizemos uma viagem no tempo, um regresso ao passado.
Foi bem cedo que o autocarro chegou ao hotel onde o guia já nos aguardava. Após a confirmação de todos os passageiros, partimos para a viagem de cerca de 100 kms até La Romana para apanhar o barco que nos levaria até à ilha Catalina. Foi uma viagem animada, com música e dança executada pela tripulação, talvez para tentar abstrair-nos de alguma eventual ondulação, mas nada de muito complicado.
As primeiras imagens da ilha Catalina foram deslumbrantes. Ao longe observámos uma imensa extensão de areia branca, com palmeiras até perder de vista, banhada por uma água cristalina que deixava ver o fundo do mar na perfeição.
As cores vivas deste cenário faziam lembrar aquele “wallpaper” icónico que tanto tempo tivemos como fundo do ambiente de trabalho, no nosso computador.
Parámos o barco e mergulhámos naquelas águas quentes para uns momentos de “snorkeling”. Infelizmente não consegui ver muita vida subaquática, pois a corrente era demasiado forte para estar tranquilo no mesmo local. Entre lutar contra a corrente e meter a cabeça debaixo de água para ver o que quer que fosse, o tempo passou num ápice.
Regressámos ao barco e pouco depois pisámos as areias finas da praia da Isla Catalina, onde o almoço buffet estava a ser preparado. Uma variedade de carnes, peixes e acompanhamentos foram servidos para reconfortar os estômagos que, por estes dias, assumiam dimensões anormais, tendo em conta a quantidade de comida ingerida.
Um conselho: afastem-se do vinho ou do que dizem ser sangria. Sendo portugueses e habituados a néctares de qualidade, o que nos disseram ser vinho estava muito longe de o ser. Provámos e não gostámos mesmo nada.
Enquanto almoçámos debaixo de um enorme “telheiro” em colmo de palmeira, com mesas de cimento revestidas a cerâmica e com os pés na areia, um grupo de artistas preparava-se para nos entreter e dar a conhecer algumas das suas tradições. Aos primeiros batuques, apaixonei-me pelos sons do Mambo, um merengue de rua, tradicional do Carnaval na República Dominicana. O que eu bati com o pé na areia ao ritmo frenético daquelas sonoridades, acompanhando a energia dos executantes.
Após o almoço houve ainda tempo para mais umas fotografias nesta paisagem deslumbrante antes de regressarmos ao barco.
Quando chegámos à marina de La Romana, já o autocarro aguardava para nos levar aos Altos de Chavón, uma recriação de uma vila italiana de estilo mediterrâneo do séc. XVI, construída artesanalmente em pedra coral. Esta povoação nascida para o turismo, situada a cerca de 100 metros de altura sobre o rio Chavón, beneficia de uma paisagem privilegiada para o mesmo. Foi no seu imponente anfiteatro ao ar livre, com capacidade para 5000 pessoas, que Frank Sinatra tocou em 1982 na inauguração da vila.
Caminhamos pelas suas ruas sentindo uma atmosfera medieval a cada esquina. No coração da povoação, encontramos a Igreja de St. Stanislaus e foi na praça em frente, com vistas de cortar a respiração sobre o Chavón, que nos despedimo-nos e regressámos ao autocarro para seguirmos até ao hotel.
Se na Isla Catalina conseguimos ver e sentir o cartão postal da República Dominicana, nos Altos de Chavón fizemos uma viagem no tempo, um regresso ao passado num dia bem preenchido, recheado de boa disposição e experiências únicas.
Pontos de Interesse:
Isla Catalina, Altos de Chavón.
Dicas:
- Reservar antecipadamente a excursão para garantir melhores condições e disponibilidade.
- Se enjoa facilmente, tomar algo para o evitar é sempre uma boa opção, pois tem a viagem de autocarro e de barco para fazer.
Fontes:
-/5marcação
1/5dificuldade
Não acessívela carrinho de bebé
5/5paisagem
-201melevação mínima
126melevação máxima
1125msubida acumulada
1092mdescida acumulada
221kmlinear
ida e volta
11h:18m
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