É no sotavento algarvio que encontro a cidade de Tavira. Implantada nas margens do estuário do rio Gilão, é nele que a cidade centra grande parte das suas actividades. Quem chega de visita, reconhece nos seus edifícios, ruas e praças o ambiente característicos de uma pitoresca localidade piscatória.
Desde o parque de estacionamento perto da ponte ferroviária, caminhei junto à margem do Gilão, em direcção à Praça da República, onde se situa o edifício da Câmara Municipal.
Chego rapidamente à ponte que une as duas margens do rio que, segundo a crença local, é de origem romana. Foi uma das primeiras imagens que gravei de Tavira.
No jardim, depois do coreto, cheguei ao Mercado da Ribeira, um edifício do Séc. XIX em ferro forjado, agora restaurado. Aqui podemos relaxar nas esplanadas interiores e degustar um petisco local.
Continuei até ao cais, observando as embarcações de todos os tamanhos que esperavam ancoradas a próxima jornada de trabalho. Se uns se dedicam à pesca, outros oferecem tranquilos passeios nas águas do rio Gilão e Ria Formosa.
Regressei à Praça da República e subi agora pelas ruas estreitas até ao Castelo de Tavira. Nas sombras do seu jardim respirei fundo e observei com atenção a diversidade de flora existente. Que bem cuidado estava este jardim.
Das suas torres e ameias, as vistas panorâmicas sobre a cidade deslumbravam. Ao lado, a Igreja de Santa Maria do Castelo construída no Séc. XIII e reconstruída parcialmente após o sismo de 1755, guarda as sepulturas de sete cavaleiros da Ordem de Santiago bem como os restos mortais de D. Paio Peres Correia, o Grão -Mestre da Ordem, que conquistou Tavira aos Mouros.
A sua torre do relógio dizia que eram horas de regressar. Assim sendo, desci novamente para as margens do Gilão, onde almocei divinalmente uma caldeira de peixes frescos da região.
|
Deixar um comentário