Nas Termas de Alcafache o Rio Dão delimita geograficamente os concelhos de Mangualde e Viseu. O seu curso de água, que tanto separa como une as povoações, estava particularmente agitado aquando da minha visita.
Esta estância termal situada na povoação do Banho é indicada para o tratamento de um sem número de doenças, como por exemplo doenças reumáticas, doenças das vias respiratórias, osteoartroses, gota e algumas doenças de pele, entre outras.
Existem vestígios da presença das termas já no longínquo Séc. XVI, como é o caso das ruínas de uma antiga albergaria mandada construir pelo Cónego Pedro Marques da Sé de Viseu, para receber os pobres que necessitavam de tratamentos.
A experiência com as águas sulfurosas de Alcafache teria de ficar para uma próxima oportunidade até porque a época termal ainda não tinha aberto. Hoje o objectivo era mesmo caminhar um pouco junto ao Dão para me despedir dos dias que passei em Mangualde.
Aqui existem dois percursos pedestres assinalados, cada um pertencente ao seu concelho. Em Mangualde temos o “PR2 MGL – Rota das Águas Milenares” e em Viseu o “PR5 VIS – Rota das Termas de Alcafache”. Devido à escassez de tempo, não realizei nenhum deles na integra, apenas quis conhecer esta zona das termas com uma ligeira caminhada antes de regressar a casa.
Assim, desde o inicio do casario na margem esquerda do rio, mais propriamente desde a Capela da Senhora de Fátima, desci até à Ponte de Alcafache que assenta nos alicerces de uma antiga ponte romana. Aqui passava em tempos idos a via romana vinda de Viseu.
Já na outra margem, passeie-me pelo complexo termal e percorri as pequenas praias e recantos da margem direita do Dão, para montante deste.
Que lugares incríveis descobri, pequenos paraísos de beleza e tranquilidade, que nos fazem sentir pequeninos. A forte corrente das águas do rio, associado ao seu grande caudal nesta altura do ano, galga os açudes, originando rápidos e pequenas quedas de água para o nosso deleite. Podia ficar todo o dia ali, a observar esta força incontrolável da Natureza.
Infelizmente o regresso a casa era inevitável e inadiável. Regressei por parte do trilho “PR5 VIS – Rota das Termas de Alcafache” até à Capela da Senhora de Fátima onde terminei a caminhada.
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Muito bonita esta zona! 🙂
É verdade, uma região que vale a pena visitar!
Portugal e cheio de encantos