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Caminhada na Aldeia de Castelo Bom (Almeida)

No início da tarde chegámos à aldeia de Castelo Bom pela Estrada Nacional 16, a mesma que em sentido contrário nos levaria a Vilar Formoso. Estávamos pois perto da fronteira com Espanha e por isso a importância desta pequena localidade ao longo dos séculos na história dos dois países vizinhos. Tanto que foi sede de concelho por mais de 500 anos. A sua situação geográfica permitia o controlo das terras sobranceiras ao rio Côa, sendo este um ponto estratégico para a delimitação do território na actual zona raiana da Beira Interior.
A predominância do granito na maior parte das construções do povoado é notória à nossa chegada. Muros com história ladeiam a estrada em calçada que nos encaminha para terrenos mais elevados da povoação.

O casario da povoação molda-se às fragas no monte, como se pertencesse aquele lugar desde sempre.

Como na grande maioria das aldeias em Portugal, a agricultura é hoje um complemento à magra reforma para muitos dos que ainda aqui resistem. São pois pequenas hortas e pomares que subsistem ao tempo e junto com alguma actividade pecuária dão vida aos terrenos circundantes à povoação.

Caminhada na Aldeia de Castelo Bom (Almeida)

O casario da povoação molda-se às fragas no monte, como se pertencesse aquele lugar desde sempre (fotografia acima). Muitos foram os vestígios outras eras descobertos nestes terrenos e ainda encontramos em cada recanto testemunhos do passado, como fontes seculares, edifícios dos séc. XVI e XVII, monumentos religiosos, a cisterna (“Poço d´El-Rei”), as ruínas da antiga muralha e habitações alpendradas beirãs, entre outros. E claro, as pessoas. Sim, as pessoas, o seu bem mais precioso. As histórias que guardam e a imensa vontade de as contar. Conhecemos uma residente que orgulhosamente nos apresentou a sua amada terra, onde nasceu e sempre viveu. E dali não sairá, diz-nos.
Nos miradouros sob o vale do Côa respirámos fundo enquanto observámos a curiosa formação geológica denominada a “Pedra com Tampa”. Continuámos pelas ruas empedradas até à Porta da Vila, que junto com a torre anexa e alguns panos da muralha são os vestígios restantes da cerca medieval, e descemos pela Rua Principal até ao ponto onde iniciámos a caminhada. Olhamos para trás e pensamos que é quase incompreensível como é que, com tanta riqueza e singularidade, a aldeia não integra a rede de Aldeias Históricas de Portugal.
Estava na hora de partir para o próximo destino.

Caminhada na Aldeia de Castelo Bom (Almeida)

Pontos de Interesse: Aldeia, Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Capela de São Martinho, Muralha Medieval, Miradouros, “Pedra com Tampa”, Cisterna (Poço d´El-Rei), Poço da Escada, Antiga Câmara e Cadeia, Casa Grande ou Solar do Largo da Igreja, Casa do Fidalgo e Paisagens.

 

FICHA TÉCNICA

Marcação
0/5marcação

Dificuldade
1/5dificuldade

Paisagem
3/5paisagem

Elevação mínima
691melevação mínima

Elevação máxima
728melevação máxima

Subida acumulada
45msubida acumulada

Descida acumulada
49mdescida acumulada

Distância
1,5kmcircular

Tempo
0h:45m
ALTIMETRIA
Altimetria
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