Caminhada à Descoberta de Alcanede (Santarém)
A cerca de 23 kms a noroeste de Santarém fica a freguesia de Alcanede, mesmo às portas do Parque Natural da Serra d’Aire e Candeeiros. É por isso um local privilegiado para descobrir este Parque Natural e essa era a minha intenção ao ficar alojado no Meio Center durante o fim de semana.
Cheguei na sexta-feira já ao final da tarde mas ainda com tempo para aproveitar os últimos raios de sol numa pequena caminhada pela vila. No Largo do Lopes, a azáfama do final de semana fazia-se sentir nas gentes que chegavam a casa, no dia de trabalho que terminava e só recomeçaria na segunda-feira, pelo menos para a maior parte. Alcanede é também sinónimo de indústria extractiva e transformadora sendo esta uma das principais actividades que caracterizam a região, a par da agricultura, pecuária e silvicultura. Mas hoje era sexta-feira e para muitos avizinhava-se um fim de semana de descanso.
No Café Central as conversas animavam-se e as histórias da semana reencontravam-se agora. Caminho para norte em direcção à Ponte Romana. Desço a rua com o mesmo nome e ali está ela, ainda firme e intemporal, fazendo a travessia da ribeira de Nede. Possivelmente erguida no séc. III, possui três arcos e o tabuleiro rampeado. A Fonte da Vila destaca-se na outra margem junto a um pequeno Parque de Merendas. O Meio Center fica logo ali ao lado mas não faço já o check-in pois quero aproveitar para conhecer um pouco mais de Alcanede ainda enquanto é dia.
Pela Calçada dos Paços do Concelho inicio a subida ao Castelo. Na Rua Manuel Alves Frazão encontro a Capela da Misericórdia e mais acima o Pelourinho encimado por uma representação de D. Afonso Henriques. Continuo a caminhada em direcção à Igreja Matriz e defronte a esta, calcorreio primeiro o asfalto e depois um trilho de gravilha e terra batida, subindo cada vez mais o monte. Por entre a copa das árvores o casario da povoação mostra-se lá em baixo, recebendo os últimos raios de sol do dia.
Chego ao Castelo de Alcanede composto actualmente por duas torres e cuja entrada é feita numa porta de arco de volta perfeita. A porta estava fechada e não pude visitar o seu interior. Este castelo, como muitos outros, foi erguido para apoio e defesa das suas populações e do território em redor, servindo também de prisão na Idade Média.
Chego ao Castelo de Alcanede composto actualmente por duas torres e cuja entrada é feita numa porta de arco de volta perfeita.
Contorno o castelo e desço o monte pelo lado contrário, num trilho de pé posto até à Rua da Encosta do Castelo. Dirijo-me para o centro da vila e depois da Rua do Comércio, sigo na Rua Cidade de Santarém até ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcanede. Aqui, entro na Rua da Saudade ao mesmo tempo que o sol já quase se esconde por trás dos montes. Os olivais são banhados por este dourado de final de dia enquanto caminho a passos largos para o final do percurso. À minha direita passo pelo cemitério e após reentrar no casario da povoação, termino a caminhada no Largo do Lopes. É hora de fazer o check-in e preparar os percursos do dia seguinte. Iria conhecer Santarém e o seu Centro Histórico, bem como visitar o concelho limítrofe de Rio Maior para realizar o PR1 RMR – Marinhas de Sal.
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