À procura da Cascata de Loivos (Montalegre)
Por muito bem que se conheça um lugar ou uma região, há sempre mais por descobrir de cada vez que a visitamos.
Neste dia solarengo saí da Pousada de Juventude de Vilarinho das Furnas em direcção a Pitões das Júnias, já no concelho de Montalegre, numa viagem de cerca de 1h:30 de automóvel. Quase a chegar ao destino, perto da Albufeira da Barragem de Paradela, encontro junto à estrada uma placa que me intrigou. Tinha escrito “Cascata de Loivos” e apontava na direcção de um trilho bem definido, com inclinação elevada, que subia o monte para sul.
Eu tento conhecer previamente o terreno e as condições de um percurso que tenho planeado realizar mas neste caso, aquela placa despertou-me curiosidade pois não conhecia nenhuma cascata nesta região e pensei que até poderia ser um percurso engraçado de se fazer. Como estava com tempo, as condições climatéricas eram favoráveis e teoricamente tinha indicações para lá chegar, resolvi pôr-me ao caminho e tentar conhecer a Cascata de Loivos.
Iniciei a subida acentuada do monte, num trilho em terra batida ladeado por fetos de um verde intenso. Estes formavam um tapete denso que cobria a encosta em ambos os lados do caminho. A sombra era abundante o que ajudava à progressão e atenuava um pouco a dificuldade da acentuada inclinação inicial.
Por entre os troncos das árvores espreito lá em baixo o espelho de água da Albufeira da Barragem de Paradela.
Com a proximidade do cume, as árvores frondosas dão lugar a uma vegetação rasteira de urzes e outras espécies autóctones. Daqui as paisagens em redor são incríveis. A albufeira abraça as montanhas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, envolvendo-as de um azul profundo. Em alguns braços encontro florestas densas quase até ao nível da água, enquanto que noutros, as vertentes com grandes aglomerados rochosos penetram nas águas na sua forma mais primitiva. Estes contrastes são uma constante no Gerês e isso também o torna tão especial.
A albufeira abraça as montanhas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, envolvendo-as de um azul profundo.
Para além da sinalização junto à Estrada Municipal, em todo o trilho percorrido não mais voltei a ver qualquer tipo de indicação que me ajudasse a perceber o caminho certo para a cascata. Percorri os caminhos no cimo do monte tentando encontrar alguma pista e num deles, quando virei para nascente, consegui vislumbrar por entre árvores de pequeno porte e vegetação cerrada, uma pequena queda de água. Pensei que talvez fosse essa a Cascata de Loivos mas fiquei sem o conseguir confirmar.
Regressei pelo mesmo trilho à Estrada Municipal e continuei viagem para Pitões das Júnias.
ida e volta
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